Primeiramente cabe replicar as principais notícias diretamente do mundo Árabe. Após visitas buscando investimentos e estreitamento para o mercado Brasileiro, o Governo Federal em comitiva de 12 Ministros, dentre eles o Ministro de Portos, Agricultura e Casa Civil, pode-se entender que uma das pautas mais debatidas foi o comércio internacional entre Brasil e países do Meio Oriente (Golfo) foram promissoras. Em especial as commodities brasileiras foram alvo de grande movimentação.
O mercado Halal e a indústria de alimentos também são grandes aliadas dos programas Emiráticos para 2023/2024. Não é diferente para o ramo moveleiro que hoje exporta não só móveis, mas todos os produtos da cadeia produtiva de móveis de madeira e aço. Os países do Golfo, tais como Arábia Saudita e Emirados Árabes, estão totalmente abertos a comprar produtos e bens de consumo do Brasil. Isso significa que o mercado de exportações segue aquecido durante e pós COP28.
Diretamente de Dubai, pudemos perceber o quão AMISTOSAS são as relações com nosso país. O Chairman e CEO do DP WORLD Sultan Ahmed bin Sulayem reuniu-se nesse segundo dia de COP28 com Ministros dos Portos e Casa Civil do Brasil, no intuito de elevar as exportações do Brasil para os Emirados, costurando articulações com tecnologia de exportação ao nosso país. Para o SETOR MOVELEIRO, cabe se organizar e perceber através da inovação dos processos logísticos e comerciais, q grande chance que temos que exportar nossos produtos e ou estabelecer nas chamadas “Free Zones” suas bases de distribuição. O DP World, empresa governamental emirática, abre as portas para receber no seu programa WLP - World Logistics Passport, as empresas brasileiras ou conglomerados indústrias que queiram fazer parte deste hub que movimentou mais de 2% do comércio global, segundo a plataforma Routers, 2022. Além disso, as cargas não petrolíferas, através do WLP visa atingir mais de 20 mercados, representando 54% do PIB global. Oportunidades para nós brasileiros. Por outro lado, pensar nas relações comerciais com os Emirados é pensar que por aqui, além de forte comprador do Brasil e América Latina como um todo, os Emirados são um centro de REEXPORTAÇÃO.
Uma vez em Dubai, possibilitada está o ingresso de nossas empresas na África e Asia. Dito isso, conclui-se que na COP28 para o Brasil, não só a Sustentabilidade foi tema central das discussões, mas também foi acima de tudo, mais uma oportunidade de alinhamento das políticas de exportação brasileiras para o Oriente Médio. A sugestão para as empresas de médio e grande porte é a capacitação para esse novo momento comercial entre tais países, possibilitando a viabilização e organização interna das indústrias do mobiliário para com o compliance desses países, especialmente a qualidade e diversidade de produtos, tornando o design e a Produção MAIS LIMPA, “a bola da vez”.
Para empresas despreparadas para esse momento, estima-se uma perda no valor agregado de seus produtos que poderiam estar sendo escoados para países como os do Golfo, que não só apreciam nossos produtos, mas também estão dispostos a pagar melhor, otimizando a competitividade suprindo os gaps anuais dos períodos de baixas vendas no mercado interno. Nossas indústrias, sejam de acessórios, mesmo produtos abanados, podem estar perdendo uma grande chance de aproveitar esse estreito relacionamento entre Brasil e Emirados Árabes, assim como a Arábia Saudita.
Precisamos preparar nossas empresas para esse novo momento em que as políticas de desburocratização das exportações seguem em alta. A preparação dos processos produtivos pautados na sustentabilidade, permitirão que nossas empresas consigam se adaptar aos altos padrões de qualidade, ambiental e trabalhista sendo mais do que nunca, uma necessidade. Seguimos diretamente de Dubai – Emirados Árabes Unidos, para a Coluna edição Especial GRUPO LEGALIZAR na COP28 Dubai 2023.
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